terça-feira, outubro 01, 2013

Laser


Olá meninas, que os tratamentos estéticos á laser estão com tudo, nós já sabemos( eu acho super máximo rs....como diz meu baby). Afinal ele nos auxilia nos tratamentos de:


Rejuvenescimento
Acne
Hidratação cutânea
Olheiras
Flacidez
Manchas
Celulite
Pós Operatório, entre outros

O objetivo desse post, é entendermos como ele age em nosso organismo.
 

O laser é uma emissão de luz coerente, monocromática, com grande concentração de energia, capaz de provocar alterações físicas e biológicas.
A monocromaticidade se da porque a luz possui um único comprimento de onda que oscila na mesma frequência e consequentemente apresentam uma única cor, diferentemente da luz branca que é formada pela composição de várias cores, onde cada cor corresponde a uma frequência determinada. A coerência da emissão se da devido ao alinhamento das ondas eletromagnéticas no tempo e no espaço. A direcionalidade dos fótons em um só sentido é a coerência de emissão é que possibilitam a elevada concentração de energia, base para a utilização da radiação laser como instrumento terapêutico ou cirúrgico.
Os trabalhos de Karu tentam demonstrar que a fotoestimulação promovida pela radiação laser depende fundamentalmente da monocromaticidade da emissão, observando diversos efeitos em função do comprimento de onda e da dose utilizada.
Não existem fundamentos físicos para concluir que os efeitos observados são devido a coerência da radiação. A influência das radiações luminosas, coerentes ou não, sobre os componentes biológicos atestam que a coerência pouco interfere nos resultados.
O laser de baixa potência tem sido usado desde o final da década de 1960, sendo a sua potência de radiação tão baixa(2 a 30mW) que os efeitos biológicos ocorrem devido aos efeitos diretos da irradiação e não como resultado do aquecimento. O seu poder de penetração não vai além de poucos milímetros, sendo que a sua energia é absorvida nos diferentes estratos da pele. As diferenças entre os equipamentos de laser terapêutico e cirúrgico são várias. Além dos diferentes comprimentos de onda, os quais determinam a sua profundidade de penetração, a potência é um dos fatores que caracterizam a sua indicação, sendo necessária a potência de 1 a 5W para a vaporização dos tecidos superficiais, de 5 a 20W para incisões superficiais e de 20 a 100W para incisões profundas.
As respostas desencadeadas pela radiação laser nos tecidos biológicos estão relacionadas com o cumprimento de onda, regime de pulso e o nível de energia depositado, os quais vão desde os efeitos bioestimulantes até os cirúrgicos.
São vários os autores que relacionam a profundidade da radiação laser com os tecidos biológicos. Todos são unânimes em afirmar que os estratos biológicos são uma grande barreira à penetração da radiação óptica. Em relação as diferentes profundidades, cabe ressaltar que diferentes estudos relacionam a profundidade de penetração com diferentes porcentagens de energia. A radiação laser pode atingir entre 9,7-14,2mm com 1% da energia incidente.
Devido à complexa estrutura dos estratos cutâneos, há uma grande dificuldade na quantificação tanto da absorção quanto da penetração da radiação laser. São quatro os processos que podem estar presentes nos diferentes segmentos cutâneos: a reflexão, absorção, a transmissão e a difusão. A pele absorve cerca de 50% do laser incidente a cada 0,4-1,0mm de tecido.
 
Reflexão: Pode ocorrer na interface entre os diferentes estratos, devido a diferença do índice de reflexão dos mesmos.
 
Absorção: Iniciará um processo bioquímico ou bioelétrico. Absorção da radiação pelos diferentes tecidos dependerá do laser utilizado, uma vez que cada tecido absorve diferentes comprimentos de onda. Isso ocorre porque cada comprimento de onda possui um fototropismo positivo para determinados tecidos. Assim, o laser de HeNe é absorvido preferencialmente por tecidos vermelhos e o de AsGa por tecidos preferencialmente brancos ou translúcidos.
 
Transmissão: É o percurso da radiação nos diferentes estratos.
 
Difusão: Ocorre em parte pelas moléculas, fibras ou células no interior dos estratos. É dependente das dimensões das partículas que formam o estrato em relação com o comprimento da onda em que se emite a radiação.
Embora a radiação laser de baixa potência não tenha capacidade ionizante, isto é, não rompe ligações químicas, a sua propriedade de indução fotobiológica é capaz de provocar alterações bioquímicas, bioelétricas e bioenergéticas nas células.
 
Efeito Bioquímico: A energia absorvida pode atuar de duas maneiras estimulando a liberação de substâncias pré formadas, como a histamina, serotonina, bradicinina ou modificando as reações enzimática normais tanto no sentido de excitação como de inibição. Por outro lado, inúmeras investigações tem confirmado, que a radiação laser exerce um estimulo na produção de ATP no interior das células, originando e promovendo a aceleração das mitoses, podendo também aumentar o AMPc.
O efeito bioquímico, em alguns casos, interferem na produção de certas substâncias como por exemplo as prostaglandinas. É um mecanismo bastante similar a inibição produzida por outros antiinflamatórios. Produção hormonal também pode ser alterada, sendo observado um aumento de T e T em ratas obesas, bem como o aumento da atividade parótida. Com relação à analgesia, ela pode ser explicada em parte pela liberação de β endorfina e serotonina. Finalmente, dentro dos efeitos bioquímicos, deve-se incluir a ação fibrinolítica.
 
Efeito Bioelétrico: São várias as respostas decorrentes da alteração do potencial elétrico. Como efeito principal está a normalização do potencial da membrana atuando como um fator de equilíbrio da atividade funcional celular.
 
Efeito Bioenergético: A justificativa da ação do laser sobre os tecidos biológicos tem sido recentemente dirigida para o estudo das células ou substâncias que respondem a essa forma de radiação. O estudo dos fotorreceptores tem direcionado às pesquisas nas últimas décadas. Eles podem ser divididos em primários(substâncias fotorreativas) e secundários(estruturas que respondem ao campo eletromagnético).
Os efeitos primários podem ser definidos como sendo as respostas celulares decorrente da absorção da energia e os secundários as alterações fisiológicas que não afetam somente a unidade celular, mas sim toda a série de tecido.
Diferentes trabalhos mencionam os efeitos secundários a reparação tecidual; alguns desses efeitos são: aumento do tecido de granulação; regeneração das fibras nervosas; neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos linfáticos; aumento do colágeno após irradiação, das fibras cruzadas do colágeno e da tensão de ruptura; aceleração do processo de cicatrização; incremento da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos. Nos vários estudos que analisam as respostas celulares e teciduais frente a estimulação de laser a referencias a proliferação de fibroblastos e aumento da produção de colágeno.